Esta revisão explora os mecanismos pelos quais o estado do nitrogênio nas plantas influencia sua resposta a patógenos, bem como o impacto do nitrogênio (N) na virulência e nutrição dos fitopatógenos, destacando lacunas no entendimento dessas interações. A relação entre a disponibilidade de N e a incidência de doenças em plantas é complexa, podendo aumentar ou reduzir a severidade das infecções. O N é essencial para o crescimento vegetal, mas seu uso excessivo contribui para a poluição ambiental.

Este artigo estuda como a presença de minhocas (Lumbricus terrestris) em solos naturalmente infestados com Verticillium dahliae pode reduzir a severidade da murcha-de-Verticillium em berinjelas. Em dois dos três anos de estudo, os resultados mostraram um aumento no crescimento e na produtividade das plantas, sugerindo que a presença de minhocas é benéfica. A erradicação química das minhocas resultou em um aumento da doença em um dos anos, mas não teve efeitos consistentes nos outros; assim, a introdução de minhocas pode ser uma estratégia de supressão de doenças em culturas agrícolas.

O artigo avaliou os efeitos combinados de rotação de culturas (aveia e sorgo) e fertilizantes nitrogenados na podridão negra da raiz do morango. Os resultados indicam que a rotação com aveia e a fertilização com (NH4)2SO4 reduziu a severidade da doença, aumentaram a produção de frutos e diminuíram a população de Pratylenchus penetrans, sugerindo uma estratégia eficaz de manejo integrado.

Este artigo compara os efeitos dos macro e micronutrientes na severidade da podridão da coroa e raiz do tomate causada por Fusarium oxysporum. Os resultados mostraram que o nitrogênio amoniacal (NH4+) aumentou a severidade da doença, enquanto nitrogênio nítrico (NO3-) e CuSO4 reduziram, sugerindo que o manejo nutricional pode ser uma estratégia para controlar a doença.

Este artigo estudo o efeito da adubação nitrogenada (0 a 120 kg ha-1) na produtividade, qualidade de frutos e severidade de doenças gomoso (Didymella bryoniae) e o míldio (Pseudoperonospora cubensis) em melancia. Os resultados mostraram que as baixas doses de N proporcionou maior produtividade, enquanto doses mais altas aumentaram a severidade das doenças, indicando a necessidade de equilíbrio na adubação nitrogenada.

Este artigo investigou como a fertilização nitrogenada (N) afeta a imunidade do tomate contra Pseudomonas syringae e Ralstonia solanacearum. Os resultados mostraram que existe maior resistência em condições de baixo N e com NO3− como única fonte de N; a defesa modulada por N dependeu da via do ácido salicílico (SA), com silenciamento de genes de metabolismo de N aumentando os níveis de SA e resistência, enquanto plantas transgênicas NahG (sem SA) perderam essa resistência.

O artigo avalia os efeitos da fertilização nitrogenada sobre populações de nematoides fitoparasitas e a estrutura da comunidade de nematoides livres em cultivos de mirtilo. Densidades populacionais de nematoides parasitas variaram conforme a dose de nitrogênio, enquanto índices de diversidade e estrutura da comunidade diminuíram com o aumento da fertilização, indicando alterações na rede alimentar do solo.

Este artigo mapeou a trajetória ontogenética da concentração de glicosídeos cianogênicos (prunasina) em Eucalyptus yarraensis. Apesar de diferenças entre famílias na concentração máxima de prunasina, a trajetória temporal e ontogenética foi similar, indicando que a ontogenia restringe a expressão de defesas químicas de forma não linear.

O artigo investigou como a nutrição com amônio (NH4+) induz a "síndrome do amônio", alterando o metabolismo primário e o balanço de nutrientes, o que ativa a aclimatação sistêmica adquirida e confere resistência contra Pseudomonas syringae. Plantas tratadas com NH4+ acumularam aminoácidos específicos e nutrientes como S, P, Zn e Mn, essenciais para detoxificação de espécies reativas de oxigênio e defesa contra o patógeno.

O artigo estuda o o papel do óxido nítrico (NO) na interação entre gerânio-folha-de-hera (Pelargonium peltatum) e a podridão cinzenta (Botrytis cinerea). Cultivares resistentes exibiram um forte surto de NO, inibição reversível de enzimas antioxidantes e resistência sem morte celular, enquanto cultivares suscetíveis apresentaram surto fraco de NO, estresse oxidativo intenso e maior produção de etileno, favorecendo a colonização pelo patógeno.