A biomassa de algas, extratos ou derivados tem sido considerada há muito tempo um material valioso para trazer benefícios aos seres humanos e às plantas cultivadas. Nas últimas décadas, tornou-se evidente que as formulações de algas podem induzir múltiplos efeitos nas culturas (incluindo um aumento na biomassa, rendimento e qualidade), e que os extratos de algas contêm uma série de compostos bioativos e moléculas de sinalização, além de nutrientes minerais e orgânicos. A necessidade de reduzir a entrada química não renovável na agricultura tem recentemente incentivado o aumento do uso de extratos de algas como bioestimulante vegetal, também devido à sua capacidade de promover o crescimento das plantas em condições subótimas, como ambientes salinos. Neste artigo, discutimos algumas áreas de pesquisa que são críticas para a implementação na agricultura de extratos de macro e microalgas como bioestimulantes vegetais. Especificamente, fornecemos uma visão geral do conhecimento atual e das conquistas sobre métodos de extração, composições e mecanismos de ação dos extratos de algas, com foco na tolerância ao estresse salino. Também delineamos as limitações atuais e possíveis direções de pesquisa. Concluímos que a comparação e a integração do conhecimento sobre a resposta molecular e fisiológica das plantas ao estresse salino e aos extratos de algas também devem orientar os procedimentos de extração e métodos de aplicação. Os efeitos dos bioestimulantes de algas têm sido principalmente investigados a partir de uma perspectiva aplicada, e a exploração de diferentes disciplinas científicas ainda é muito necessária para o desenvolvimento de novas estratégias sustentáveis para aumentar a tolerância das culturas ao estresse salino.